Pessoal o Workshop Descomplique realizado em 04/fev/2012 foi um sucesso!
Obrigada a todos que em um sábado de sol estiveram presentes e participaram em busca do equilíbrio e da harmonia nos relacionamentos.
Espero que tenham gostado e preparem-se porque vem mais!
Aqui vão alguns registros desse momento tão bacana!
Meu agradecimento a todos e especialmente à participação mais que especial de Célia Resende.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Olá pessoal! eu e a Dra. Célia Resende: http://www.syntonia.com/tvp/atividades.htm estaremos apresentando neste sábado 4 de fevereiro, pela primeira vez o workshop DESCOMPLIQUE:
O encontro tem como objetivo abordar o tema Relacionamentos, com enfoque em relacionamento de casal.
Se você quer :
Melhorar seu relacionamento amoroso,
se comunicar melhor com o sexo oposto ou ainda,
atrair relacionamentos de qualidade, faça sua inscrição pelo psi.daniela@gmail. com, o valor especial de estréia é 50 reais! aproveite!
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Você ama o amor ou o seu amor?
Um fato curioso que não pode deixar de ser visto como um potencial gerador de decepções no pós-casamento é a questão das pessoas que se casam com o casamento e não com o ser amado. Como assim?
Este é um fato que eu tenho observado há anos e atualmente é um tema que pipoca nas conversas quando eu o cito.
Muitas pessoas sofrem desse mal, “a idealização do relacionamento”, quando se trata de casamento oficial, aquele onde assinam um documento, a coisa fica ainda pior.
Falo sobre as pessoas que idealizam sozinhas um modelo de relação, e passam a ansiar por vivê-la, como um roteiro de novelas e ficam esperando que apareça um par que se encaixe, que sirva naquele sonho cor-de-rosa, são aquelas pessoas que se casam com o casamento, com o fato ser uma pessoa casada, com todas as fantasias que estão contidas neste tema, com o ideal vendido pelo comercial de margarina, onde o que menos importa na verdade é o conteúdo do ser que se tem ao lado, ele passa a ser apenas um figurante necessário para tornar o sonho realidade.
Talvez o grande vilão deste tema seja justamente a frase final de todos os contos de fadas, que dizia: “casaram-se e foram felizes para sempre”, incutido desde cedo na cabeça das crianças gerando um impossível ideal de perfeição, desse modo, crescem acreditando que um dia surgirá uma pessoa perfeita, que nasceu para fazê-lo feliz, uma metade que o completará como uma peçinha de quebra-cabeças, com encaixe total, realizará num passe de mágicas todos os seus sonhos e carências e o(a) salvará da solidão.
E a partir disto, para muitos, o casamento vira uma obsessão, e perde o seu real significado, que deveria ser a comunhão com o ser amado, pelo amor e identificação de valores, objetivos, gostos com a pessoa que está ao lado e passa a significar e ser projetado como um objetivo a ser perseguido e atingido, uma conquista, um passaporte para a felicidade, um status, uma qualificação, a solução de seus problemas.
Há pessoas que dizem : “antes separada do que nunca casada”, como se o fato de ter ostentado o título casada(o) valesse mais do que viver uma boa relação com o ser amado. Posso aí fazer uma comparação aos tempos onde se compravam Títulos de Nobreza, onde o título valia mais do que a própria riqueza, que muitas vezes não existia, nesse paralelo quero comparar o título de casado que não necessariamente significa uma relação feliz.
E é aí mesmo onde os problemas começam, pois a pessoa se casa com a idealização da fantasia, com uma ilusão e não com a pessoa de carne e osso, e quando ela enfim realiza este sonho e as coisas passam a acontecer diferentes do que ela idealizou e planejou, o castelo de areia começa a ruir, e a conta começa a ser cobrada do outro a, a conta do quanto custou aquele sonho em concessões e projeções. Este é um dos motivos porquê tantos casamentos acabam antes mesmo do segundo ano, porquê a pessoa não se casou com o parceiro (a), se casou com o que achava ser o casamento.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Porquê as Mulheres Traem
Este artigo também foi publicado pelo Site "Guia da Busca":
Já não é de hoje que muito se debate que homens e mulheres traem por motivos diferentes.
Não que não exista a mulher que trai simplesmente porque teve oportunidade e sentiu tesão, mas em muitas mulheres esse tesão tornou-se maior do que a fidelidade por alguma razão...aquela velha máxima de que as mulheres traem quando estão insatisfeitas é bem aplicável na vida real. Mas insatisfeitas com o quê?
Logo após publicação do meu artigo: Relação de Casal http://gavetadadani.blogspot.com/2011/10/relacao-de-casal.html?utm_source=BP_recent, foi impressionante a quantidade de mulheres que me procuraram com a mesma queixa em comum, todas elas estão em um relacionamento sólido: namoro, noivado, casamento, por pelo menos mais de quatro anos. As idades variam entre 28 e 53 anos. E a queixa era que estavam traindo, ou com vontade de traírem seus parceiros e nenhuma delas tinha intenção de terminar a relação, apenas desejavam e esperavam que esta insatisfação melhorasse, com alguma mudança de comportamento do parceiro.
Buscando no amante, ou no possível amante, apenas sentirem-se acalentadas, desejadas e admiradas.
Escarafunchando um pouco nesta insatisfação brotam milhões de causos, que apertando um pouquinho viram todos uma única razão:
A falta de sentir-se reconhecida pelo homem que tem ao lado.
Isso mesmo, todo o resto não é nada perto disso: falta de dinheiro, barriguinha saliente, gênio difícil, até falta de sexo. Parece simples não é?
Todas, sem exceção, concordaram que se sentissem reconhecidas como mulher pelos seus parceiros através de palavras com alguma constância, seria o suficiente para que se sentissem motivadas novamente no relacionamento e perdessem a vontade de traí-lo.
O feminino tem como finalidade sentir-se reconhecida pelo masculino, e quando ele não o faz através da palavra, ela vai murchando pouco a pouco, ficando insatisfeita, provocativa, triste ou irritadiça e dessa maneira, começa a buscar essa "aprovação" ao seu redor; como um combustível para seguir adiante, e como se exaure após tentar todos os artifícios para obter do amado a palavra de reconhecimento, acaba por obter de outro alguém.
Os homens definitivamente não sabem o poder que tem em suas bocas, e eu não estou falando de cunnilinguis... mas se eles tiverem a disposição de reconhecer o que vêem de bom em suas mulheres verbalmente e diretamente para elas, poderão ver o efeito mágico que palavras podem fazer.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
9.999 maneiras de agarrar seu homem:
Este artigo também foi publicado pela Revista "Carpe Lounge":
E também pelo Site "Guia da Busca"
Esses dias fui fazer uma viagem a trabalho para Vitória, como de costume cheguei bem antes da hora do vôo para dar uma olhada na livraria do aeroporto.
Me chamou a atenção a quantidade de livros com o mesmo tema, e até mesmo com a mesma capa, ainda que de editoras e autoras diferentes! Como esses dois aí da foto...gente! Isso não é plágio?!?!
Mais do que o possível plágio dos livros acima o que me mais tocou foi o tema e o conteúdo de praticamente todos os livros que estavam expostos.
Todos os livros traziam dicas e promessas de como atrair e decifrar o sexo oposto, de como seduzir, de como se tornar atraente, ou seja, de como ter relacionamentos melhores ou resolver os problemas do relacionamento atual.
Percebi que todos estes livros prometedores de sucesso na relação dizem basicamente a mesma coisa: seja uma pessoa positiva, aumente sua auto-estima, seja independente financeiramente, sem pudores na cama, esteja sempre bonita e mostre que você não precisa dele.
Como psicóloga, observadora do comportamento humano e especialista em relacionamentos, acho que esses conselhos não são de todo maus... de fato podem surtir um bom efeito superficial quando alguém está precisando de um ânimo para se cuidar melhor, para prestar atenção em si mesma ou dar uma levantada na auto-estima, mas não são o que garante um bom relacionamento e os problemas humanos são em grande parte de relacionamento.
Não sou contra livros de auto-ajuda, afinal quem compra livros de auto-ajuda é porquê tem a clara intenção de saber mais e se aprimorar como ser humano e isso é formidável.
O que de fato pode melhorar os relacionamentos vai bem além destes conselhos e fórmulas prontas e exige um embasamento terapêutico maior. Exige conhecer a si mesmo e ao outro estruturalmente e aí as fórmulas prontas não funcionam, pois o que serve para um nem sempre causa o mesmo efeito em outro, e elas não foram criadas sob medida para mim ou para você, ou de acordo com o seu ou o meu modelo emocional, de raciocínio, estilo de vida e experiências vividas por cada um.
Concordo em gênero, número e grau com a afirmação de Irvin Yalom, de que “ de modo geral, as pessoas caem em desespero por causa de sua incapacidade de constituir e manter relacionamentos interpessoais duradouros e gratificantes.”
É bom que reconheçamos o quanto a importância de ter relacionamentos satisfatórios é grande nas nossas vidas e o quanto isso nos faz nos sentir mais vivos e felizes, e melhor ainda quando nos decidimos a ter relacionamentos satisfatórios nos aprimorando como seres humanos. Fazer terapia é uma excelente e eficiente opção para este objetivo.
Afinal o mal do século não é o câncer... é o coração partido.
sábado, 5 de novembro de 2011
A Ditadura da Beleza e Juventude:
Este artigo também foi publicado pelo Site "Guia da Busca":
Há tempos venho querendo escrever sobre isto, este fenômeno, que para mim já configura uma doença que se chama "Ditadura da Beleza", que tira o sono das mulheres e cada vez mais de homens também.
Mulheres jovens e já não tão jovens com bocas infladas, sobrancelhas que se misturam à raiz dos cabelos de tão esticadas que ficam até diabólicas formando feições desfiguradas.
Ainda estou na casa dos 30 e poucos, onde a beleza e o frescor da juventude ainda vigoram, e a cada ano a mais, é inevitável pensar, juventude a menos.
Imagino que deve ser duro ver na carne os anos passarem, ver as rugas chegarem, a pele ficar flácida.
Na sociedade fast-food em que vivemos, até as pessoas tem prazo de validade, e envelhecer parece ser vergonhoso, como se ao envelhecer a pessoa perdesse o poder se ser sensual, de ser sexual, de ser desejada e o pior de tudo de ser valorizada e admirada.Todo o tempo desejamos o celular mais novo, o computador mais novo, o ser humano mais novo.
Todos se esquecem que um dia também envelhecerão. A fonte da juventude só existe do lado de dentro, nos nossos pensamentos, nas nossas emoções, nas nossas atitudes, no nosso estilo de vida, que com certeza pode refletir no físico nos dando uma aparência saudável, bonita e feliz.
Mas o que está ocorrendo é triste de se ver, a vaidade obsessiva, no sentido de congelar os anos na aparência é assustadora. O photoshop é um dos grandes culpados dessa tendência, pois a perfeição das fotos photoshopadas das capas de revista nos transmitem um conceito de beleza irreal, inatingível e acaba por rivalizar as mulheres com seu próprio corpo buscando algo impossível.
A verdade é que não se pode eternizar o corpo e ter 20 anos para sempre. É duro, mas é a vida e melhor que não briguemos com ela, que consigamos nos valorizar com os anos, com as experiências, com a sabedoria e também com nosso próprio corpo, que se modifica, ninguém tem dúvidas.
Dessa forma, tiro como exemplo as mulheres maduras francesas, que envelhecem com dignidade, elas são elegantes, chiques, classudas, e assumem a idade que tem sem deixar de serem belas e charmosas. Não que as mulheres devam se largar ao léu, como se tivessem sido condenadas a perecer sem nenhuma ajuda extra. A tecnologia existe para que possamos ter proveito dela em nosso favor, não contra nós mesmas.
A sociedade moderna em que vivemos, acaba como disse o médico Malcolm Montgomerry, sexualizando a menina, com roupinhas e comportamentos de adulta e infantilizando a mulher. Os valores estão invertidos.
Não sou contra cirurgia plásticas, nem contra a vaidade. Pelo contrário, acho que cada um deve buscar se sentir bem com o espelho, sou contra os excessos estrambólicos que tornam as mulheres ridículas e infelizes.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
30 anos:
Este artigo foi publicado também pela Revista "Carpe Lounge":
e pelo Site "Guia da Busca":
É só você perguntar quantos anos tem e a pessoa começa a se engasgar, fala sussurando, faz piadinha, ninguem diz 30 assim limpo, como quem diz 20. Como se fosse uma vergonha, um segredo falar 30, shhhh! lê baixooo!!
Mas porquê será que este número é mais temido do que sexta-feira 13?
Quando eu tinha 26, dizia que tinha 25... quem sabia da minha mentira me questionava..."Daniela, mas mentir um ano só, que diferença isso faz?" Fazia muita, era apenas um ano, mas tinha um peso enorme.
Para mim fazer 29 foi mais difícil que fazer 30, porquê senti como se só restasse um ano para conseguir concretizar tudo aquilo que não consegui em todos os 29 anos da minha vida.
As pressões sociais geralmente não tem fundamento e são muito cruéis, nivelando por baixo uma gama imensurável de fatores... dizem que a mulher tem que casar, ter filhos, ter uma carreira bem sucedida, uma vivência no exterior, falar dúzias de línguas e o pior de tudo....que aos 30 fica velha!!! e tem que conseguir tudo isso nesse curto espaço de tempo.
E se chega aos 30 sem concluir tudo isso, fracassou.
É uma pressão muito forte e um grande desespero, até que um dia as 30 badaladas por fim batem e você, Cinderela, vê que não virou uma abóbora!!
Realmente os 30 trazem uma grande mudança... eu senti que algo estava mudando dentro de mim de mansinho aos 28, aos 29 foi se intensificando, e aos 30.... BUM! a maturidade fez um buraco e entrou! maturidade, não no sentido de se considerar sabida de mais, ou dona da verdade, pois o bom é estar verde para sempre aprender, mas no sentido de ganhar serenidade, auto controle, fazer as pazes com a vida, com as neuras, mensurar o tamanho real de cada coisa e qual o valor daquilo para mim. Como se todas essas pressões que vem de fora se desmanchassem e a gente ficasse mais dona de si para assumir o que de fato gosta ou não gosta, o que de fato quer ou não quer, o que é seu e o que é dos outros, o que era um grande sofrimento e causava medo e ansiedade, hoje é uma bobagem.
Aí você pode me falar, a gente é mais bonita com 20 do que com 30? assumo que com 20 meu corpo não era tão bonito como agora mas os cabelos brancos nem pensavam em brotar da minha linda cabeçinha...onde agora fazem festa... porém, junto com eles também brotam idéias maravilhosas que antes nem pensavam em existir...
Acho que para tudo na vida existe um tempo, uma fase, uma época, os 20 são maravilhosos, intensos e inconsequentes... mas é preciso respeitar e aceitar que terminem, pois se tentarmos prolongar uma fase ou tempo que já não cabe mais, impedimos o que está por vir de acontecer...e se a vida é crescer, então vamos em frente, levando com a gente tudo de bom que aprendemos e deixando pelo caminho o que não nos serve mais...
Assim concluo que é muito bom ser Trintage, e que eu deveria ter nascido assim!
Essa sim é a verdadeira maior idade! as mulheres não deveriam se envergonhar e ficar se engasgando para dizer que tem 30, elas deveriam com o maior orgulho dizer em alto e bom som: tenho 30! como quem diz, já sou bem resolvida com minha vida, com meu corpo e sei do que eu gosto! e mais, os 30 deveriam ser celebrados assim como são os 15, com uma festa especial onde finalmente a mulher tem um encontro com ela mesma, dá adeus as inseguranças de menina para tomar posse de si mesma como mulher.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Relação de Casal:
Este artigo foi publicado também pelo Site "Guia da Busca":
Já dizia o poeta “é impossível ser feliz sozinho”, o ser humano tem em sua natureza o movimento de buscar agrupar-se, relacionar-se.
Estar só sentado num restaurante é uma coisa que chama a atenção e mesmo que a pessoa esteja ali por livre escolha e feliz, a imagem que a maioria faz de uma cena assim é de tristeza, como se: pobre daquele que não tem uma companhia para jantar.
Sendo assim, os solteiros buscam a todo tempo uma relação, e os comprometidos como melhorarem a sua, já que o maior desejo do ser humano, relacionar-se, não é tarefa nada fácil.
Todos que já nos apaixonamos e vivemos um amor alguma vez na vida sabemos disso.
Surgem dificuldades, conflitos, ciúmes, divergências e o que era um doce sonho para a ser um pesadelo, brigas, discussões, desentendimentos, mágoas e ressentimentos.
Se todos nós sabemos o perigo que corremos e ainda assim queremos nos relacionar, compartilhar nossas vidas, vivenciar o amor, tendo sempre como fiel companheira a esperança de que dessa vez vai ser diferente!

Culpa do mundo moderno? diriam uns; a culpa é dos homens que são “sem vergonha”! Diriam outros!, ou ainda: a culpa é das mulheres que são muito oferecidas, grita um outro lá no fundo do bar!
Todo início de relação, como diz uma escritora que gosto, é “uma construção de ilusões”, onde projetamos no outro tudo aquilo que falta em nós, tudo o que queremos, ansiamos, precisamos, e como um espelho, o outro acaba refletindo o que queremos ver.
Passado esse período de encantamento, de “brincar-de-casinha”, é que começa de fato a construção de um relacionamento, onde os tijolinhos das diferenças de cada um são unidos com as equivalências, concessões, tolerância.
Por que muitas vezes temos a sensação de tudo começa a se complicar quando está dando certo?
São muitos fatores, desde o que absorvemos na nossa infância, até o que já vem de mais antigo conosco, através do tempo, das gerações passadas de nossa família e também de nossas próprias vidas passadas.
Existem coisas que fazem parte do destino cármico de cada um e quanto a essas cabe a pessoa a viver e se superar, mas existem outras, como certas dificuldades ou respostas automatizadas a certas situações ou medos, que carregamos nem necessidade, por não termos consciência disso ou por um hábito que faz parte do passado e não tem mais função no presente e assim acaba por comprometer o futuro, nos sabotando em nossas relações.
Olhar um bebê recém-nascido e pensar num ser começando do zero, é uma idéia equivocada, aquele pequeno ser traz consigo uma gama de conteúdos, traz todo o resultado de suas vivências passadas, padrões de comportamento e também toda a sua herança familiar, que neste caso, nada tem haver com bens materiais e sim bens emocionais e espirituais.
E assim pequenino vai somar a tudo isso que já vem com ele, toda a vida que tem pela frente.
Mais tarde tudo isso influenciará, na maneira como irá se relacionar, seja com um parceiro, seja com as outras pessoas.
Ou seja, a melhor maneira de relacionar-se bem é começar por conhecermos melhor a nós mesmos, desmitificar a ideia ignorante de que “terapia é para maluco!”, e considerar a terapia o que ela é, uma oportunidade de aprimoramento pessoal e de devolver ao passado aquilo que não nos serve mais, aquilo que nos atrapalha e nos impede de evoluir, de vencer a si mesmo.
Ao tomar conhecimento dos nossos conteúdos inconscientes, das nossas necessidades e tudo o que trazemos conosco, nos tornamos seres mais equilibrados e conscientes capazes de ter relacionamentos mais satisfatórios e menos conflituados.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Baú de Escritos
Estou gostando muito de ler uma escritora, ela é jovem, tem a minha idade, tem dois livros publicados e pelo que vi até agora, ela já fez um monte de coisas, escreveu colunas, mediou debates, encontros culturais, uma série de coisas bacanas e é colunista de uma revista muito bacana, chama-se Carol Teixeira.
Acabei de ler um texto dela, onde ela contava como foi que chegou até quem ela é hoje, de como começou sua paixão pela escrita etc, quando li, pensei... mas que história parecida com a minha!?!
Por que será que também não segui minha paixão pela escrita? por que sempre a guardei em gavetas? Sim, é verdade que sempre ganhava os concursos de redação das escolas que estudei e já tive um conto premiado publicado em um livro de escola.
Também é verdade que meus amigos, ou melhor, alguns deles, gostam de ler o que escrevo.
E mais verdade ainda que eu amo escrever tanto quanto ler. Mas acho que faltou incentivo, uma diferença muito grande entre eu e esta escritora a qual estou fã. Ela conta numa entrevista que foi sempre muito incentivada pela mãe.
Meus pais nunca me incentivaram declaradamente, mas o fizeram, me possibilitando o acesso a tantos livros e sendo exemplos de pessoas que leram muito, muito mesmo.
Lembro-me com a exatidão como se fosse a minutos atrás, eu pequena ansiosa desenhando letras em todos os papéis que via pela casa, podia ser o avesso de um pacote de cigarros hollywood do meu avô, ou o papel do saco de pão da padaria, e corria, literalmente corria para a minha mãe, que era professora de português na esperança desesperada que as minhas letras naqueles pedaços de papéis tivessem formado alguma palavra. Eu ainda não sabia escrever. Mas a pressa era tanta, que eu não conseguia esperar; Lembro quando uma vez ela me disse rindo: olha! aqui você quase escreveu o nome do vovô Hélio, Dani!
Lembro também, que um dia vi na TV um programa que dizia que se a pessoa escrevesse palavras em vermelho e letras de forma e fosse mostrando todos os dias e falando em voz alta o que estava escrito à bebês, eles aprenderiam a ler!!!! Briguei com minha mãe por ela não ter feito isso comigo.
Naquela época era moda as crianças pularem de série para ficarem mais "adiantadas" na escola, e minha mãe como professora era terminantemente contra, dizia que isso traumatizava as crianças, que tudo tinha seu tempo de ser aprendido e que não se devia pular etapas... ah... mas eu queria tanto ler...
Até que finalmente eu cheguei ao pré... com 6 anos! E então finalmente a tia Vera pode me ensinar a somar corretamente as letras do meu papel de pão para enfim.... resultarem em palavras!
Não existiu aluna mais ávida do que eu. O que faltava de entusiasmo e entendimento nas aulas de matemática, sobrava nas de português... era o mundo se colorindo na minha frente.... totalmente ao alcance dos meus lápis de cor...
Aprendia na maior velocidade, pois como filha única que fui na primeira infância, meus amiguinhos eram os livros que ficavam no quartinho de empregada, no fundo do apartamento que eu morava com meus pais, ali tinha uma estante gigante, que ocupava toda a parede até o teto, repleta de livros, transbordando de histórias, tinham livros de português da minha mãe, de medicina do meu pai, caixas de livros infantis, de gibis...
O quartinho tinha uma porta que dava pra cozinha e eu passava as minhas tardes ali, deitada no carpete, lendo e comentando e mostrando na cozinha o que eu tinha lido pras moças que trabalhavam lá em casa, as saudosas Maura, Salvadora, Carmelita e Ivanilze... elas se divertiam com a minha seriedade e muitas vezes vinham sentar do meu lado para ouvirem as histórias.
Certa vez achei um livro sobre sexo da Marta Suplicy, aí é que elas vieram participar mesmo, foi uma reunião, um alvoroço que durou meses no fundo da cozinha, ainda mais porque o livro tinha desenhos, quadrinhos e muitas perguntas e respostas sobre sexo. Imagine eu, no auge dos meus 8 anos, discutindo com a babá da minha irmã recém-nascida que era mentira que se perdia a virgindade com O.B.!!!!
Fora o tempo lendo no quartinho, ainda tinham minhas dezenas de diários mega- confessionais escondidos embaixo da cama!!! esses ninguém lia! nem as amigas! e eu escrevia religiosamente! e que ainda os tenho TODOS.
Uma das últimas vezes em que estive com minha mãe, semanas antes de ela morrer, eu peguei um desses diários e começei a ler... foram muitas risadas e lágrimas também... ela chorou tadinha... porquê eu escrevia no diário as brigas que eu tinha com ela, e teve uma que eu li, da qual ela se lembrou e lembrou também que de fato daquela vez ela não tinha razão....apanhei sem motivo...ah... mas seria tão bom poder voltar lá naquele tempo nem que fosse pra dar mais uma brigadinha...
Minha vida sempre foi tão conectada com a escrita que até as brigas com meus pais eram por cartas, depois de brigar, lá ia eu enfezada pro meu quarto me atracar com calhamaços de papéis e lá se iam páginas e mais páginas que depois eram devidamente deixadas no quarto dos meus pais... isso começou na infância e perdurou até o fim... a última vez que me lembro de ter feito isso, foi há uns dois anos atrás quando eu e meu pai morávamos na Itália e eu era a responsável pela comida da casa, ele tinha me deixado um bilhete com o menu que eu deveria cozinhar, onde eu deveria limpar e mais uma série de recomendações... eu achei na época aquilo uma afronta e compilei sei lá quantas páginas chamando ele de Hitler da cozinha!!!, já que eu tenho bons dotes culinários e estava louca para mostrá-los a minha familia!hahaha hoje tudo o que eu queria era tomar uma bronca do meu pai...dado que ele também morreu há pouco tempo...
Ai quantas coisas estão nos nossos baús...quantas cartas na nossa memória...tem uma frase que não me esqueço nunca, do maravilhoso Mário Quintana que eu li aos 14 anos e é minha biblia até hoje que diz: quando deres uma opinião, nunca deixe de escrever a data.
Porque tudo muda, principalmente nós mesmos.
Acabei de ler um texto dela, onde ela contava como foi que chegou até quem ela é hoje, de como começou sua paixão pela escrita etc, quando li, pensei... mas que história parecida com a minha!?!
Por que será que também não segui minha paixão pela escrita? por que sempre a guardei em gavetas? Sim, é verdade que sempre ganhava os concursos de redação das escolas que estudei e já tive um conto premiado publicado em um livro de escola.
Também é verdade que meus amigos, ou melhor, alguns deles, gostam de ler o que escrevo.
E mais verdade ainda que eu amo escrever tanto quanto ler. Mas acho que faltou incentivo, uma diferença muito grande entre eu e esta escritora a qual estou fã. Ela conta numa entrevista que foi sempre muito incentivada pela mãe.
Meus pais nunca me incentivaram declaradamente, mas o fizeram, me possibilitando o acesso a tantos livros e sendo exemplos de pessoas que leram muito, muito mesmo.
Lembro-me com a exatidão como se fosse a minutos atrás, eu pequena ansiosa desenhando letras em todos os papéis que via pela casa, podia ser o avesso de um pacote de cigarros hollywood do meu avô, ou o papel do saco de pão da padaria, e corria, literalmente corria para a minha mãe, que era professora de português na esperança desesperada que as minhas letras naqueles pedaços de papéis tivessem formado alguma palavra. Eu ainda não sabia escrever. Mas a pressa era tanta, que eu não conseguia esperar; Lembro quando uma vez ela me disse rindo: olha! aqui você quase escreveu o nome do vovô Hélio, Dani!
Lembro também, que um dia vi na TV um programa que dizia que se a pessoa escrevesse palavras em vermelho e letras de forma e fosse mostrando todos os dias e falando em voz alta o que estava escrito à bebês, eles aprenderiam a ler!!!! Briguei com minha mãe por ela não ter feito isso comigo.
Naquela época era moda as crianças pularem de série para ficarem mais "adiantadas" na escola, e minha mãe como professora era terminantemente contra, dizia que isso traumatizava as crianças, que tudo tinha seu tempo de ser aprendido e que não se devia pular etapas... ah... mas eu queria tanto ler...
Até que finalmente eu cheguei ao pré... com 6 anos! E então finalmente a tia Vera pode me ensinar a somar corretamente as letras do meu papel de pão para enfim.... resultarem em palavras!
Não existiu aluna mais ávida do que eu. O que faltava de entusiasmo e entendimento nas aulas de matemática, sobrava nas de português... era o mundo se colorindo na minha frente.... totalmente ao alcance dos meus lápis de cor...
Aprendia na maior velocidade, pois como filha única que fui na primeira infância, meus amiguinhos eram os livros que ficavam no quartinho de empregada, no fundo do apartamento que eu morava com meus pais, ali tinha uma estante gigante, que ocupava toda a parede até o teto, repleta de livros, transbordando de histórias, tinham livros de português da minha mãe, de medicina do meu pai, caixas de livros infantis, de gibis...
O quartinho tinha uma porta que dava pra cozinha e eu passava as minhas tardes ali, deitada no carpete, lendo e comentando e mostrando na cozinha o que eu tinha lido pras moças que trabalhavam lá em casa, as saudosas Maura, Salvadora, Carmelita e Ivanilze... elas se divertiam com a minha seriedade e muitas vezes vinham sentar do meu lado para ouvirem as histórias.
Certa vez achei um livro sobre sexo da Marta Suplicy, aí é que elas vieram participar mesmo, foi uma reunião, um alvoroço que durou meses no fundo da cozinha, ainda mais porque o livro tinha desenhos, quadrinhos e muitas perguntas e respostas sobre sexo. Imagine eu, no auge dos meus 8 anos, discutindo com a babá da minha irmã recém-nascida que era mentira que se perdia a virgindade com O.B.!!!!
Fora o tempo lendo no quartinho, ainda tinham minhas dezenas de diários mega- confessionais escondidos embaixo da cama!!! esses ninguém lia! nem as amigas! e eu escrevia religiosamente! e que ainda os tenho TODOS.
Uma das últimas vezes em que estive com minha mãe, semanas antes de ela morrer, eu peguei um desses diários e começei a ler... foram muitas risadas e lágrimas também... ela chorou tadinha... porquê eu escrevia no diário as brigas que eu tinha com ela, e teve uma que eu li, da qual ela se lembrou e lembrou também que de fato daquela vez ela não tinha razão....apanhei sem motivo...ah... mas seria tão bom poder voltar lá naquele tempo nem que fosse pra dar mais uma brigadinha...
Minha vida sempre foi tão conectada com a escrita que até as brigas com meus pais eram por cartas, depois de brigar, lá ia eu enfezada pro meu quarto me atracar com calhamaços de papéis e lá se iam páginas e mais páginas que depois eram devidamente deixadas no quarto dos meus pais... isso começou na infância e perdurou até o fim... a última vez que me lembro de ter feito isso, foi há uns dois anos atrás quando eu e meu pai morávamos na Itália e eu era a responsável pela comida da casa, ele tinha me deixado um bilhete com o menu que eu deveria cozinhar, onde eu deveria limpar e mais uma série de recomendações... eu achei na época aquilo uma afronta e compilei sei lá quantas páginas chamando ele de Hitler da cozinha!!!, já que eu tenho bons dotes culinários e estava louca para mostrá-los a minha familia!hahaha hoje tudo o que eu queria era tomar uma bronca do meu pai...dado que ele também morreu há pouco tempo...
Ai quantas coisas estão nos nossos baús...quantas cartas na nossa memória...tem uma frase que não me esqueço nunca, do maravilhoso Mário Quintana que eu li aos 14 anos e é minha biblia até hoje que diz: quando deres uma opinião, nunca deixe de escrever a data.
Porque tudo muda, principalmente nós mesmos.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Parque dos sonhos perdidos:
QUINTA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2009
Reparem na data em que escrevi esse texto... faz tempo né... segundo Mário Quintana, a gente nunca deve deixar de por a data quando expomos uma opinião, mas este texto para mim continua super atual... bjss
E se existisse em um outro mundo, um lugar...um parque, onde habitassem todos os nossos sonhos perdidos?...aqueles que eram certos e de tao certos nao se realizaram... como o casamento que nunca aconteceu... o que nao durou para sempre... os pais que nao se separaram.... o ente querido que nao morreu... o namoro que nao terminou... a casa com piscina que nunca foi comprada....a proposta de trabalho que nao chegou.... a gravidez que nunca gerou...o livro que nao foi publicado, a coragem de seguir em frente no seu sonho que faltou justamente naquela horinha... as oportunidades perdidas ou tomadas pelo tempo, pelo destino e por nós mesmos.
Existem as escolhas que fazemos na vida durante todos os minutos, o lado em que se atravessa uma rua, uma roupa pra usar naquele dia, o sabor de um sorvete, atender ou nao o celular...todos os minutos fazemos pequenas e grandes escolhas.... mas os sonhos perdidos nao... eles nem chegaram a acontecer, fugiram do nosso controle, zombaram da nossa vontade, ficaram além das nossas forças e entendimento...foram tomados de nós...como alguém que te rouba alguma coisa...o que será que foi feito daquele objeto... em maos andará?? está sujo? limpo? velho? já nem existe mais? e o sonho? o meu sonho? os nossos sonhos? será que tem alguém vivendo eles? será que eles ficaram para sempre aprisionados, sufocados na nossa imaginaçao? ou entao que vao embora como areia pelas maos... com o vento e nunca mais....
Sonhos perdidos nao sao escolhas... sao furacoes que chegam de repente e sacodem tudo, espalham muita poeira, mudam o curso da história e formam marcas em nossos coraçoes...
E se existisse este parque???, povoado pelos sonhos de todas as pessoas que nao se realizaram, por qualquer motivo, por um bilhete que nao chegou, por uma palavra mal dita, um pileque que estraga tudo, por uma maldade de nem sei sabe quem...e se existisse este parque... onde de fora dele, porque nao seria possível entrar, veríamos pelas grades da imaginaçao, todos os nossos sonhos... coloridos, em movimento, em sons, em vida, realizando-se totalmente a par de nossa tocante contemplaçao....
Os sonhos nao vividos nao deixam saudades porque nunca de fato aconteceram... mas deixam pra sempre no pensamento a imaginaçao de como tudo poderia ter sido....
Existem as escolhas que fazemos na vida durante todos os minutos, o lado em que se atravessa uma rua, uma roupa pra usar naquele dia, o sabor de um sorvete, atender ou nao o celular...todos os minutos fazemos pequenas e grandes escolhas.... mas os sonhos perdidos nao... eles nem chegaram a acontecer, fugiram do nosso controle, zombaram da nossa vontade, ficaram além das nossas forças e entendimento...foram tomados de nós...como alguém que te rouba alguma coisa...o que será que foi feito daquele objeto... em maos andará?? está sujo? limpo? velho? já nem existe mais? e o sonho? o meu sonho? os nossos sonhos? será que tem alguém vivendo eles? será que eles ficaram para sempre aprisionados, sufocados na nossa imaginaçao? ou entao que vao embora como areia pelas maos... com o vento e nunca mais....
Sonhos perdidos nao sao escolhas... sao furacoes que chegam de repente e sacodem tudo, espalham muita poeira, mudam o curso da história e formam marcas em nossos coraçoes...
E se existisse este parque???, povoado pelos sonhos de todas as pessoas que nao se realizaram, por qualquer motivo, por um bilhete que nao chegou, por uma palavra mal dita, um pileque que estraga tudo, por uma maldade de nem sei sabe quem...e se existisse este parque... onde de fora dele, porque nao seria possível entrar, veríamos pelas grades da imaginaçao, todos os nossos sonhos... coloridos, em movimento, em sons, em vida, realizando-se totalmente a par de nossa tocante contemplaçao....
Os sonhos nao vividos nao deixam saudades porque nunca de fato aconteceram... mas deixam pra sempre no pensamento a imaginaçao de como tudo poderia ter sido....
Marcador "pílulas constela":
Este marcador a partir de hoje, vai identificar terchos e textos que não são de minha autoria, mas que falam de constelações familiares e dos quais gosto muito.
ATENÇÃO!! os textos sem o marcador "pílulas constela" são de minha autoria!
Gracias a todos!!! beijos,
Dani
ATENÇÃO!! os textos sem o marcador "pílulas constela" são de minha autoria!
Gracias a todos!!! beijos,
Dani
A bola dourada:
"O que recebi pelo amor de meu pai
eu não lhe paguei,
pois, em criança, ignorava o valor do dom,
e quando me tornei homem,
endureci como todo homem.
Agora vejo crescer meu filho,
a quem amo tanto
Como nenhum coração de pai se apegou a um filho.
E o que antes recebi
estou pagando agora a quem não me deu nem vai me retribuir.
Pois quando ele ...for homem
e pensar como os homens, seguirá, como eu,
os seus próprios caminhos.
eu não lhe paguei,
pois, em criança, ignorava o valor do dom,
e quando me tornei homem,
endureci como todo homem.
Agora vejo crescer meu filho,
a quem amo tanto
Como nenhum coração de pai se apegou a um filho.
E o que antes recebi
estou pagando agora a quem não me deu nem vai me retribuir.
Pois quando ele ...for homem
e pensar como os homens, seguirá, como eu,
os seus próprios caminhos.
Com saudade, mas sem ciúme,
eu o verei pagar ao meu neto o que me era devido.
Na sucessão dos tempos meu olhar assiste,
comovido e contente,
o jogo da vida: cada um com um sorriso,
lança adiante a bola dourada,
e a bola dourada nunca é devolvida!"
Borries von Munchhausen
domingo, 21 de agosto de 2011
A Desigualdade dos Sexos:
Este artigo também foi publicado pela Revista "Carpe Lounge":
Pelo Jornal "Ganesha":
e pelo Site: "Guia da Busca":
Foi também referência na Tese sobre "PERCEPÇÃO DA EVOLUÇÃO DA SEXUALIDADE FEMININA NA CONTEMPORANEIDADE" de MARCICLEIDE FERREIRA DE SOUZA, em CARUARU, 2011:
Após anos de intensa submissão feminina, as mulheres num movimento feminista extremado queimaram seus sutiãs em praça pública e declararam igualdade aos homens.
Todo movimento de mudança, de deslocamento de um extremo, vai direto ao outro extremo, sem passar pelo meio.
As mulheres já foram proibidas de votar, de trabalhar, de andarem sozinhas na rua, de usarem calças compridas, de falar, de serem solteiras, de serem sexualmente ativas e mais uma infinidade de proibições.
O movimento feminista foi de um extremo ao outro, como se fosse um pêndulo.
Pois bem, do outro lado extremo do pêndulo podemos ver as mulheres queimando seus sutiãs, vestindo macacões, arregaçando as mangas e trabalhando nas fábricas, trabalhos até então apenas para os homens.
Até bem pouco tempo atrás, nos anos 80, a moda se masculinizou, a mulher invadiu o guarda-roupa do homem a fim de se igualar e abandonar a imagem de fragilidade junto com o avental sujo de ovo e o vestido de bonequinha de luxo de outrora; com ombreiras enormes que às faziam parecer maiores e mais fortes, lembrando muito os jogadores de futebol americano, blazers gigantes, ternos, sapatos oxford, a moda era a mulher-executiva-masculina-auto-suficiente, que era sinônimo de poder; o ícone de beleza era Doris Giesse, com sua beleza andrógina, quase sem seios, corpo forte e esguio e cabelos bem curtinhos.
o tempo passou e o pêndulo que até agora habitava o outro extremo, começou a traçar um caminho de volta ao meio, ao equilíbrio. E aos poucos estamos trocando o movimento feminista pelo movimento feminino.
O movimento feminino vem propondo um resgate a todas as mulheres de seu lado feminino, materno, delicado, yin, intuitivo, criador, místico, com os poderes da Deusa, a energia e conexão com a Lua, a relação com a realidade externa, com a feminilidade.
A mulher já provou que pode sim ser independente, trabalhar fora, viajar sozinha, separar sexo de amor, ser presidenta da república e agora ela percebe que pode fazer tudo isso e ainda assim continuar sendo mulher, sendo feminina.
Enfim nos damos conta que a igualdade entre os sexos jamais vai existir, simplismente porquê eles são de fato diferentes e é ótimo que seja assim.
Respeito e dignidade devem ser iguais a todos os seres, o que é bem diferente de igualdade entre os sexos.
O homem e a mulher tem qualidades, pensamentos, comportamentos e percepções diferentes e complementares! e essas diferenças devem ser reconhecidas, valorizadas e respeitadas e não anuladas como foram nos 2 movimentos extremos, porquê tanto na Repressão Feminina, quanto no Movimento Feminista, a mulher anulou seu lado feminino natural.
Para sair de um extremo, geralmente é isso mesmo o que fazemos, é como se fosse um movimento necessário da psique, vamos até o outro extremo, para só então estarmos prontos para o caminho do meio, o equilíbrio.
Que bom que resgate feminino começou e floresce a cada hora mais, em cada meditação, em cada preçe, em cada criação, poema, comida, planta corrida feita, praticada, plantada, escrita por uma mulher, em cada vez que a mulher se enxerga e se respeita no seu potencial feminino.
|Este movimento da mulher porém, acabou por bagunçar a estrutura masculina.
Se antes o homem tinha uma mulher a ser dominada, nutrida, controlada, calada, sustentada, abafada e castrada por ele e depois... com o Movimento Feminista, o homem acabou por perder sua frágil florzinha submissa por praticamente um rival que se vestia igual à ele e insistia em rachar a conta.
O homem foi destituído, perdeu seu papel de protetor, de provedor; desarticulou seus valores. Não se sentir necessário e útil é extremamente castrador para o homem, vai contra a sua natureza. Para que ele servia mesmo então? Como deveria se comportar com essas "mulheres-que-não-precisavam-deles"?
Os tempos mudaram novamente e as mulheres estão mais femininas e hoje invadem o guarda-roupa masculino só por diversão e não mais para se igualar à eles; elas se reconhecem e se gostam como são. Homens e Mulheres são seres diferentes e complementares, fisicamente e emocionalmente.
Hoje elas vivem o resgate da magnitude do feminino, da delicadeza, do poder pertencente a mulher ainda estão esperando pelos homens que às façam sentir protegidas, acalentadas, especiais e admiradas.
O homem ainda vive um momento do papel social extremamente confuso.
Ele também andou xeretando o armário feminino depois que ela roubou as roupas e sapatos dele; e resolveu provar seus cremes, suas pulseiras, colares, esmaltes, brincos e até andou usando suas maquiagens e a chapinha de cabelo.
Ele ainda muitas vezes não sabe se abre a porta do carro para ela passar, se oferece o casaco, se paga a conta ou a deixa em cima da mesa e continua a fazer-de-conta que está na companhia de um rival de saia que não precisa de seu carinho, sua gentileza, sua proteção, sem de seu cuidado, que não precisa de mais nada dele que senão o sexo.
Assumam a força de seu masculino homens!, vejam bem, a força do masculino nada tem haver com brutalidade, insensibilidade, grosseria ou machismo.
A força do masculino está no instinto natural que todo homem tem dentro de si, de querer sentir-se necessário, cavalheiro, protetor, útil, de querer ser cuidado e admirado pro sua mulher, de querer ser um porto seguro e abundante para a sua mulher e seus filhos.
O conselho que fica para as mulheres: não queiram se igualar aos homens, assumam o que é de vocês, seus ciclos ou a interrupção deles, sua intuição, sua criatividade, sua capacidade de fazer múltiplas coisas ao mesmo tempo e até de ser muitas mulheres ao mesmo tempo. Deixem o que é do homem com o homem.
Cada um assumindo seu papel com plenitude e consciência é o caminho para o equilíbrio, para harmonia, para a comunhão e o entendimento entre os sexos.
domingo, 15 de maio de 2011
Medo
Estávamos eu e uma amiga falando de uma outra amiga de 50 anos, "- Ah, ela não vai mais mudar a essa altura!".
Quando dei por mim, era a segunda vez, pois na manhã do mesmo dia, estava a comentar de uma outra amiga, também com 50 anos e o comentário, apesar do assunto diferente, era o mesmo! "- Ah com 50 anos você acha que ela vai mudar?"
Então pensei: Será eu que daqui 20 anos também deixarei de mudar???
Que medo...
Quando dei por mim, era a segunda vez, pois na manhã do mesmo dia, estava a comentar de uma outra amiga, também com 50 anos e o comentário, apesar do assunto diferente, era o mesmo! "- Ah com 50 anos você acha que ela vai mudar?"
Então pensei: Será eu que daqui 20 anos também deixarei de mudar???
Que medo...
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Adeus Peter Pan:
(Castel San Pietro Terme, IT, sábado, 4 de outubro de 2008)
Adeus Peter Pan
Durante todo o tempo da minha vida, e lá se vao vinte e tantos anos, eu sempre quis ser o Peter Pan....quando era criança,
nao queria crescer... quando adolescente, nao queria que o tempo passasse, e quando cresci um poquinho mais queria voltar no tempo, para ser criança ou adolescente, qualquer tempo que nao fosse aquele...
Adoro brincar até hoje... gostava da sensaçao se olhar para frente e ver uma estrada muito longa na qual eu nao conseguia enxergar qualquer semblante dos próximos 2 anos que seja...
Só que agora essa mesma estrada já mostra alguns destinos...e eu tenho que ir por algum dos caminhos, nao posso mais viver no faz de contas, esperando o tempo andar para trás... finalmente dei por mim, que este dia nunca chegará...
Se eu perder esta época decisiva brincando de fazer o tempo parar, ele vai passar sem que eu faça minhas escolhas, e quando o futuro, que está bem ali a poucos passos chegar... pode ser tarde demais...
Olhando para frente, resolvi encarar o futuro e aceitá-lo vive-lo, aceitar crescer, aceitar que tudo muda, e que as novidades podem ser muito boas.... o paraíso da inocencia e da irresponsabilidade é apenas uma coleçao de maravilhosas lembranças, que nao vao se repetir e que serviram de suporte para que eu pudesse escolher o que quero ser quando crescer.
Cresci...cada estrada que eu trilhar nao será mais uma estrada, será o caminho para a minha vida...que dará vida a outras vidas e construirá uma outra parte dessa estória...
É dificil abandonar antigas fantasias... mas é muito gostoso vestir outras novas...
Nao é nada fácil, mas enfim posso dizer... adeus Peter Pan...
Adeus Peter Pan
Durante todo o tempo da minha vida, e lá se vao vinte e tantos anos, eu sempre quis ser o Peter Pan....quando era criança,
nao queria crescer... quando adolescente, nao queria que o tempo passasse, e quando cresci um poquinho mais queria voltar no tempo, para ser criança ou adolescente, qualquer tempo que nao fosse aquele...
Adoro brincar até hoje... gostava da sensaçao se olhar para frente e ver uma estrada muito longa na qual eu nao conseguia enxergar qualquer semblante dos próximos 2 anos que seja...
Só que agora essa mesma estrada já mostra alguns destinos...e eu tenho que ir por algum dos caminhos, nao posso mais viver no faz de contas, esperando o tempo andar para trás... finalmente dei por mim, que este dia nunca chegará...
Se eu perder esta época decisiva brincando de fazer o tempo parar, ele vai passar sem que eu faça minhas escolhas, e quando o futuro, que está bem ali a poucos passos chegar... pode ser tarde demais...
Olhando para frente, resolvi encarar o futuro e aceitá-lo vive-lo, aceitar crescer, aceitar que tudo muda, e que as novidades podem ser muito boas.... o paraíso da inocencia e da irresponsabilidade é apenas uma coleçao de maravilhosas lembranças, que nao vao se repetir e que serviram de suporte para que eu pudesse escolher o que quero ser quando crescer.
Cresci...cada estrada que eu trilhar nao será mais uma estrada, será o caminho para a minha vida...que dará vida a outras vidas e construirá uma outra parte dessa estória...
É dificil abandonar antigas fantasias... mas é muito gostoso vestir outras novas...
Nao é nada fácil, mas enfim posso dizer... adeus Peter Pan...
quinta-feira, 14 de abril de 2011
O que você vai ser quando crescer Isabela?
O que você vai ser quando crescer? Isabela dizia que queria ser médica. 5 minutos depois, queria ser astronauta, manicure, ginasta, cantora, dona de loja...
Tantos anos se passaram quanto o número de profissões que ela gostaria de ter. O problema é que ela não conseguiu escolher.
Ela queria ter muitas vidas e ser muitas coisas, ser muitas Isabelas. Como poderia escolher uma só entre tantas opções tão interessantes e diferentes?
A vida era tempo demais para ser uma coisa só. E ela tinha medo que ao escolher um caminho, tivesse que abandonar todos os outros.
O tempo passou e já não pegava bem uma garota da sua idade não ter um trabalho, uma carreira séria.
Cansada de querer ser tantas coisas sem conseguir ser nenhuma, Isabela decidiu encarar a realidade da vida e botar os pés no chão.
Encontrou a única maneira de satisfazer todas as isabelas que habitavam dentro dela.
Tornou-se atriz.
Assinar:
Postagens (Atom)