segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Brasil Servil:

Certa vez, eu estava em um mercado na Europa, e vi frutas e legumes enormes, cheirosos, lindos, como nunca vi no Brasil. Não que eu esteja dizendo que nossas frutas e legumes não são bons. Eu mesma sempre achei que eram os melhores até ver estes. Fui checar a procedência destas frutas e legumes tão apetitosos....pasmem....made in brazil!!!

Finalmente vi com meus próprios olhos, a frase que tantas já ouvi por aí materializada: "exportamos o melhor e ficamos com o bagaço", os restos, o que não passa no controle de qualidade para ser exportado.

Não pude deixar de ligar este fato ao comportamento do Brasil que ainda se assemelha ao da época da escravidão "devo dar o melhor ao meu senhor e me contentar com as sobras", tudo bem que destas sobras que um dia nasceu a feijoada, o prato mais famoso do Brasil.... que é uma delícia, mas nos dias atuais... deveria um brasileiro conhecer sua melhor fruta no exterior?

Se fizéssemos o inverso e exportássemos as sobras, que sabemos bem que são muito boas, estes países provavelmente comprariam do mesmo jeito, pois, não tem condições climáticas e nem espaço, na maioria das vezes, para produzir estes artigos tropicais.

Podemos observar este mesmo comportamento servil do Brasil, quando por exemplo chega uma celebridade, ou pior, uma ex-celebridade internacional em nosso país; É claro, que queremos passar uma boa imagem e propagandear o quão o nosso país possa ser interessante seja por turismo, como para investimentos etc. mas são tantas as concessões, regalias e tumulto para receber estas pessoas, que é como se os Reis do país tivessem chegado.

E tratar famosos internacionais como reis realmente engrandece nossa imagem?

Basta ver as declarações dadas por Silvester Stalone sobre filmar no Brasil, para concluir que este comportamento extremamente servil, que o brasileiro em geral ainda tem em relação a tudo o que é extrangeiro, como se tudo o que viesse de fora, fosse melhor, superior, desejável, só torna nossa imagem perante o mundo mais frágil, como ainda um índio que troca feliz da vida ouro por espelhos.