domingo, 21 de agosto de 2011

A Desigualdade dos Sexos:

Este artigo também foi publicado pela Revista "Carpe Lounge":

Pelo Jornal "Ganesha":

e pelo Site: "Guia da Busca":

Foi também referência na Tese sobre "PERCEPÇÃO DA EVOLUÇÃO DA SEXUALIDADE FEMININA NA CONTEMPORANEIDADE" de MARCICLEIDE FERREIRA DE SOUZA, em CARUARU, 2011:
Após anos de intensa submissão feminina, as mulheres num movimento feminista extremado queimaram seus sutiãs em praça pública e declararam igualdade aos homens.
Todo movimento de mudança, de deslocamento de um extremo, vai direto ao outro extremo, sem passar pelo meio.
As mulheres já foram proibidas de votar, de trabalhar, de andarem sozinhas na rua, de usarem calças compridas, de falar, de serem solteiras, de serem sexualmente ativas e mais uma infinidade de proibições.
O movimento feminista foi de um extremo ao outro, como se fosse um pêndulo.
Pois bem, do outro lado extremo do pêndulo podemos ver as mulheres queimando seus sutiãs, vestindo macacões, arregaçando as mangas e trabalhando nas fábricas, trabalhos até então apenas para os homens.
Até bem pouco tempo atrás, nos anos 80, a moda se masculinizou, a mulher invadiu o guarda-roupa do homem a fim de se igualar e abandonar a imagem de fragilidade junto com o avental sujo de ovo e o vestido de bonequinha de luxo de outrora; com ombreiras enormes que às faziam parecer maiores e mais fortes, lembrando muito os jogadores de futebol americano, blazers gigantes, ternos, sapatos oxford, a moda era a mulher-executiva-masculina-auto-suficiente, que era sinônimo de poder; o ícone de beleza era Doris Giesse, com sua beleza andrógina, quase sem seios, corpo forte e esguio e cabelos bem curtinhos.
o tempo passou e o pêndulo que até agora habitava o outro extremo, começou a traçar um caminho de volta ao meio, ao equilíbrio. E aos poucos estamos trocando o movimento feminista pelo movimento feminino.
O movimento feminino vem propondo um resgate a todas as mulheres de seu lado feminino, materno, delicado, yin, intuitivo, criador, místico, com os poderes da Deusa, a energia e conexão com a Lua, a relação com a realidade externa, com a feminilidade.
A mulher já provou que pode sim ser independente, trabalhar fora, viajar sozinha, separar sexo de amor, ser presidenta da república e agora ela percebe que pode fazer tudo isso e ainda assim continuar sendo mulher, sendo feminina.
Enfim nos damos conta que a igualdade entre os sexos jamais vai existir, simplismente porquê eles são de fato diferentes e é ótimo que seja assim.
Respeito e dignidade devem ser iguais a todos os seres, o que é bem diferente de igualdade entre os sexos.
O homem e a mulher tem qualidades, pensamentos, comportamentos e percepções diferentes e complementares! e essas diferenças devem ser reconhecidas, valorizadas e  respeitadas e não anuladas como foram nos 2 movimentos extremos, porquê tanto na Repressão Feminina, quanto no Movimento Feminista, a mulher anulou seu lado feminino natural.
Para sair de um extremo, geralmente é isso mesmo o que fazemos, é como se fosse um movimento necessário da psique, vamos até o outro extremo, para só então estarmos prontos para o caminho do meio, o equilíbrio.
Que bom que resgate feminino começou e floresce a cada hora mais, em cada meditação, em cada preçe, em cada criação, poema, comida, planta corrida feita, praticada, plantada, escrita por uma mulher, em cada vez que a mulher se enxerga e se respeita no seu potencial feminino.
|Este movimento da mulher porém, acabou por bagunçar a estrutura masculina.
Se antes o homem tinha uma mulher a ser dominada, nutrida, controlada, calada, sustentada, abafada e castrada por ele e depois... com o Movimento Feminista, o homem acabou por perder sua frágil florzinha submissa por praticamente um rival que se vestia igual à ele e insistia em rachar a conta.
O homem foi destituído, perdeu seu papel de protetor, de provedor; desarticulou seus valores. Não se sentir necessário e útil é extremamente castrador para o homem, vai contra a sua natureza. Para que ele servia mesmo então? Como deveria se comportar com essas "mulheres-que-não-precisavam-deles"?
Os tempos mudaram novamente e as mulheres estão mais femininas e hoje invadem o guarda-roupa masculino só por diversão e não mais para se igualar à eles; elas se reconhecem e se gostam como são. Homens e Mulheres são seres diferentes e complementares, fisicamente e emocionalmente.
Hoje elas vivem o resgate da magnitude do feminino, da delicadeza, do poder pertencente a mulher ainda estão esperando pelos homens que às façam sentir protegidas, acalentadas, especiais e admiradas.
O homem ainda vive um momento do papel social extremamente confuso.
Ele também andou xeretando o armário feminino depois que ela roubou as roupas e sapatos dele; e resolveu provar seus cremes, suas pulseiras, colares, esmaltes, brincos e até andou usando suas maquiagens e a chapinha de cabelo.
Ele ainda muitas vezes não sabe se abre a porta do carro para ela passar, se oferece o casaco, se paga a conta ou a deixa em cima da mesa e continua a fazer-de-conta que está na companhia de um rival de saia que não precisa de seu carinho, sua gentileza, sua proteção, sem de seu cuidado, que não precisa de mais nada dele que senão o sexo.
Assumam a força de seu masculino homens!, vejam bem, a força do masculino nada  tem haver com brutalidade, insensibilidade, grosseria ou machismo.
A força do masculino está no instinto natural que todo homem tem dentro de si, de querer sentir-se necessário, cavalheiro, protetor, útil, de querer ser cuidado e admirado pro sua mulher, de querer ser um porto seguro e abundante para a sua mulher e seus filhos.
O conselho que fica para as mulheres: não queiram se igualar aos homens, assumam o que é de vocês, seus ciclos ou a interrupção deles, sua intuição, sua criatividade, sua capacidade de fazer múltiplas coisas ao mesmo tempo e até de ser muitas mulheres ao mesmo tempo. Deixem o que é do homem com o homem.
Cada um assumindo seu papel com plenitude e consciência é o caminho para o equilíbrio, para  harmonia, para a comunhão e o entendimento entre os sexos.